Divergente – O filme que infelizmente não superou minhas expectativas.

   
              Como boa leitora que sou, conheci o livro primeiro que o filme, mas seria quase impossível não conhecer, por conta do alarde que legiões de pessoas fizeram sobre a brilhante ficção da Veronica Roth. Foi o que deu, assim que descobri sobre o que se tratava corri pra ler o livro e fiquei totalmente maravilhada, sim! Maravilhada com a bravura da Careta, o jeito que ela lidava com as coisas e como me identifiquei com ela, até ai tudo bem... Até eu descobrir, de maneira infeliz o resto do enredo, e confesso que isso atrapalhou tudo, tirou todas minhas esperanças e fiquei muito chateada, tão chateada que chorei e não terminei o livro. Sim, eu sou dramática as vezes... quase sempre.  No livro a Tris é uma pessoa bem calada e insegura, vai adquirindo confiança ao longo da história, como ele é narrado em primeira pessoa já fiquei esperta em como isso deixaria a desejar quando viesse o filme, então eu esperei... Meses a fio até o tão esperado dia, e... mais uma vez, sentada na minha humilde sala, comendo uma pipoquinha e vendo o filme eu me decepcionei. :( 

         Por não ter lido o livro inteiro não tenho como dizer certamente se foi feito ao pé da letra, mas pelo o que vi muitas coisas foram mudadas. Por exemplo, o momento do teste de aptidão, foi retirada uma parte, deixando tudo um pouco confuso. Na verdade ficou tudo um pouco confuso e incerto pra quem não leu o livro, pois como disse inicialmente ele é narrado em primeira pessoa e a Tris fica sem atitude alguma (para não dizer sem sal) por metade do filme. Acho que o vínculo amoroso dela com o Tobias poderia ter sido mais explorado, inclusive, até nas entrevistas dadas durante a divulgação do filme ambos atores (Shay e Theo) pareciam mais ligados que os personagens da trama. O amor da Tris pelo Tobias é algo que vai crescendo a cada momento no livro, e os produtores do filme preferiram ressaltar mais o lado da luta, garra, audácia nas facções, esquecendo-se também que a história trata-se de um romance, não tradicional, mas inda sim um romance. Quanto a atuação dos personagens eu diria que foi boa, não excelente, mas não os culpo, culpo novamente a falta de diálogo e interação, deveriam ter dado destaque também aos atores secundários, já que quase 80% do filme a audaciosa garota aparece. Uma das melhores partes, foi a da tirolesa, e quando o Tobias entra com ela no sonho para ajudá-la a agir como alguém da facção difícil que eles vivem. O final foi bem interessante, e dá interesse em saber o que ocorre dali pra frente com eles “sem facção”. Em suma é um bom filme, dá pra assistir com os amigos e passar o tempo de maneira agradável, apesar de alguns pesares. Espero que haja mais beijos no próximo e é isso, que venha convergente!