Meus últimos dias tem sido bem loucos, picos de momentos excitantes e felizes, hora perfeito, hora péssimo. Costumo escrever nos momentos péssimos, acho que é pela amargura que o momento se dá. Eu não sei se o pior de tudo é ficar nessa por conta de outras pessoas, na qual você ama inenarravelmente ou por conta de si mesma, ai fica a duvida. A soma dos acontecimentos bons é o que me faz ficar em pé, lembrando-me que nem tudo são ruínas na vida, mas infelizmente, ter sempre momentos ruins pra deixar isso claro é árduo. Minha querida vida é uma arena dos jogos vorazes, tudo pode mudar a qualquer momento, e a sorte raramente está ao meu favor. Devo confessar, que devido as coisas não estarem boas para o meu lado fez com que eu fosse tentando me arrastar de lá até onde estou agora, totalmente esgotada e sem vontade de não tentar mais nada, daí eu penso: "espere, eu tenho que ser forte e tentar de novo!" mas minha coragem? onde a enfiei esta vez?
Será que estou tão chateada que não consigo ver o futuro, será que a raiva que cega minha visão as vezes e fecha-me a garganta estão me fazendo ver os próximos eventos de forma tão erronia? Confesso que nunca me senti assim antes, e temo mais por outros que por mim, sinceramente... Eu, como sempre penso que melhor que eu sinta tudo isso que os outros, não consigo pensar na possibilidade de ser deixada. Talvez seja minha culpa, não me importo de pedir desculpas, ou me declarar culpada, dessa vez é verdade, é minha culpa, mas eu já fiz isso, já me desculpei, mas me diga leitor, o que acontece quando desculpas não bastam? O erro que cometi foi tão grave que não mereço perdão. O silêncio é minha canção de ninar, é inadiável, seco, frio e vingativo, me faz ter pesadelos a noite. A parte superior da minha cabeça, mesmo pousada neste travesseiro, não descansa, a culpa é um fardo muito pesado, não a deixa em paz. Procuro por respostas, sons, porque esse silêncio é tão duro comigo que chego a questionar se uma pessoa com amor no coração seria capaz de ser egoísta e mesquinha o bastante para não conversar, ou perdoar.
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